A Garra de Pombogira é uma das favas mais respeitadas e temidas dentro da macumba. É símbolo de magnetismo, poder pessoal, encantamento e justiça espiritual.

Carrega a energia das Pombogiras, guardiãs dos caminhos do amor, da palavra e da verdade — aquelas que equilibram o desejo e o destino.
Essa fava tem forma forte e pontiaguda, lembrando uma garra — e é justamente essa força de defesa e corte energético que ela manifesta nos trabalhos e firmezas.
Em suas mãos, o sacerdote transforma o Dandá em alimento, o Aridan em escudo — e a Garra de Pombogira em espada espiritual, que corta demandas, abre caminhos e desperta a força da mulher sagrada.
Usos ritualísticos e litúrgicos:
• Proteção e defesa: usada em firmezas e patuás de Pombogira e Exu para afastar negatividades, demandas e invejas, protegendo o ori e o coração.
• Trabalhos de abertura e encantamento: presente em assentamentos e trabalhos de Pombogira, Iansã e Oxum, fortalecendo o magnetismo pessoal e o poder de atração.
• Força e empoderamento: simboliza o poder feminino ancestral, a energia que não se curva, que sabe o seu valor e caminha com a cabeça erguida.
• Banhos e pós ritualísticos: quando consagrada, é usada em pós (atins) e banhos para abrir caminhos no amor, trazer autoconfiança e firmar a autoestima.
• Corte de demandas: sua vibração é quente e firme; corta o mal e devolve a justiça ao seu dono.
A Garra de Pombogira é a semente do poder feminino no axé.
É a palavra dita com verdade, o perfume da liberdade e o fogo que acende a coragem de ser inteira.
Quem trabalha com essa fava, trabalha com a força do mistério, da beleza e da justiça das ancestrais.