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Orogbo — a fava da longevidade e do respeito ancestral

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Mãe Andréa

Na macumba e nas tradições de origem iorubá, o Orogbo é mais que uma semente: é vida longa, sabedoria e respeito aos mais velhos.

É o símbolo da resistência e da continuidade do axé, presente em rituais de oferenda, iniciação e celebração.

O Orogbo representa o elo entre o humano e o divino, entre o tempo que passa e a energia que permanece.
É oferecido aos orixás como pedido de saúde, firmeza e prosperidade, e também como gratidão pela força da existência.

Usos ritualísticos e litúrgicos:
• Oferenda de longevidade: o Orogbo é oferecido em rituais para Obatalá, Oxalufã, Xangô e outras divindades da sabedoria, pedindo vida longa, serenidade e equilíbrio.
• Ritos de iniciação: usado para firmar o ori e abençoar o renascimento espiritual dos filhos e filhas de santo.
• Assentamentos e fundamentos: colocado em igbás e altares como símbolo de estabilidade, maturidade e firmeza do axé.
• Rituais de bênção: em alguns fundamentos, o Orogbo é partido com rezas e sopros, para selar acordos espirituais e votos de paz e prosperidade.
• Renovação do axé: sua presença purifica e sustenta a energia vital do terreiro, mantendo a força da tradição viva e constante.

O Orogbo ensina que o axé também se manifesta na paciência e na constância.

Que a força não está apenas no movimento, mas naquilo que permanece, amadurece e sustenta.
Por isso, ao oferecer Orogbo, pedimos não apenas anos de vida — pedimos vida com sabedoria, com propósito e com axé.

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